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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

PROJETO LUDOTECA - CANTINHO DA DIVERSÃO


PROJETO LUDOTECA

CANTINHO DA DIVERSÃO


Apresentação:
O projeto Cantinho da Diversão visa à implantação de uma Ludoteca dentro da sala de aula, a fim de contribuir para a aprendizagem dos alunos através de jogos e brinquedos educativos dispostos em uma maleta, que será portátil para possibilitar o acesso de todos os alunos da unidade escolar, esta ficará uma semana em cada sala.
Justificativa:
Ludoteca é um ambiente lúdico preparado especialmente para que as crianças brinquem, inventem, expressem seus sentimentos, suas fantasias e desejos, adquirindo novas habilidades e desenvolvendo a imaginação e a autonomia, além de enriquecer as interações sociais.
Para Santos (1995), jogos, brinquedos e brincadeiras fazem parte do mundo da criança, pois brincar está presente na humanidade desde o seu início. O brincar é, portanto, uma atividade natural, espontânea e necessária para a criança, constituindo-se por isso, em peça importantíssima na sua formação.
Objetivo Geral:
Proporcionar aos alunos da unidade escolar um espaço de lazer e aprendizado através de atividades que possibilitem o desenvolvimento intelectual, emocional e social.
Objetivos Específicos:
·           Promover momentos de socialização;
·           Contribuir para a melhoria da aprendizagem;
·           Estimular ações físicas;
·           Construir o conhecimento através do lúdico;
·           Incentivar o trabalho em equipe.
Metodologia:
Em cada sala, será escolhido um cantinho, que vai ser decorado de forma bem atrativa, para que acorde no aluno a criatividade, a curiosidade e o interesse em interagir, despertando o seu lado lúdico.
A maleta, devidamente fechada, ficará no cantinho preparado anteriormente e, todos os dias ou quando achar apropriado, o professor convidará os alunos para visitar o cantinho. O mesmo deverá explicar que a maleta ficará ali por uma semana, depois irá para outra sala, e assim sucessivamente até atingir todas as salas, quando deverá retornar à mesma.
Será sugerido aos alunos de cada turma que construam um brinquedo ou jogo com materiais reciclados e ensinem como se brinca. Esse brinquedo será colocado na maleta para enriquecer ainda mais o cantinho, assim sempre terá novidade quando a maleta retornar para cada turma.
O brinquedo ou jogo poderá ser confeccionado com base no que for sendo trabalhado em sala de aula, de maneira que facilite a compreensão dos alunos e ajude a alcançar os objetivos propostos para cada componente curricular.
Recursos Financeiros:
·           Serão utilizados alguns materiais recicláveis como: garrafas PET, tampinhas, caixas de papelão, caixinhas de fósforo, rolo de papel alumínio, caixas de bombom.
·           Os gastos com os demais materiais para a confecção dos jogos ficará em torno de R$40,00.
Recursos Humanos:
·           Alunos;
·           Professores;
·           Equipe gestora.
Recursos de consumo:
·           Emborrachado (EVA);
·           Papel duplex;
·           Cordão para varal;
·           Papel metro branco;
·           Papel dupla face;
·           Papel camurça;
·           Papel ofício;
·           Papel de presente;
·           Bola de isopor;
·           Isopor;
·           Barbante;
·           Fita adesiva;
·           Cola branca;
·           Pistola de cola quente;
·           Palitos de churrasco e de ;
·           Palitos de picolé;
·           Contact (plástico adesivo);
·           Caneta colorida;
·           Tinta guache;
·           Tesoura;
·           Pincel;
·           Revistas.
Recursos Técnicos:
·           Computador;
·           Impressora.




REFERÊNCIAS
ANIMA-ESEB. Caracterização das ludotecas. Disponível em: <http://anima-eseb.blogspot.com.br/2008/01/as-ludotecas.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.

BAÚ DA TIA SÔNIA. Jogos e brincadeiras. Disponível em: <http://baudatiasonia.blogspot.com.br/p/brincadeiras_10.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.

EDUCAR É SEMEAR COM SABEDORIA E COLHER COM PACIÊNCIA. Projeto de implantação da ludoteca. Disponível em: <http://solazzi.blogspot.com.br/2011/09/projeto-de-implantacao-da-ludoteca.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.

LEITURA EM AÇÃO. Projeto de implementação da ludoteca. Disponível em: <http://leituraemao.blogspot.com.br/2011/10/projeto-de-implementacao-da-ludoteca.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.

NERY, Madson George da Silva. Educação e Corporeidade. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2011.

PORTAL EDUCAÇÃO. Projeto Ludoteca. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/22028/projeto-ludoteca>. Acesso em: 20 fev. 2013.

SANTOS, Santa Marli Pires dos. Brinquedoteca: Sucata vira Brinquedo. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995 apud SABER PEDAGÓGICO. Projeto Ludoteca. Disponível em: <http://saberp.blogspot.com.br/2011/09/projeto-ludoteca.html>. Acesso em: 20 fev. 2013.




JOGOS PARA A LUDOTECA

JOGOS DAS 4 OPERAÇÕES


MATERIAL: isopor, papel oficio e caneta colorida. Sendo que um dado terá de 1 a 6 e o outro de 5, 6,7, 8, 9, 0.
 COMO JOGAR: o grupo será dividido em duas equipes, o mediador escolhe a operação matemática a ser resolvida. Um a um os participantes se enfrentam, cada um fica com um dado na mão e ao sinal do mediador jogam o dado e o participante que responder primeiro a operação matemática marcará o primeiro ponto.

DOMINÓ


MATERIAL: papelão, tinta guache e caneta.
 COMO JOGAR: este jogo é muito simples bastante parecido com o dominó convencional a diferença e que para se encaixar as peças terá que resolver as operações. Vence quem terminar as pedras primeiro.


PESCARIA


MATERIAL: papel duplex, papelão, palito de churrasco, papel oficio e barbante.
 COMO JOGAR: Dividir a classe em dois grupos para a disputa do jogo; Será sorteado um aluno de cada grupo e assim sucessivamente. Este deverá responder a operação indicada no peixe pescado.

FORMA PALAVRAS

MATERIAL: Cilindro de papelão, contact (plástico adesivo) e palavras impressas.
COMO JOGAR: Gire os elos e forme uma palavra.


BILBOQUÊ

MATERIAL: Garrafa pet, barbante, bolina de isopor e  tinta.
COMO JOGAR: Acertar a bola dentro do funil.

VAI E VEM

MATERIAL: Cordão para varal, garrafa pet, fita adesiva e tinta.
COMO JOGAR: Cada jogador deve segurar um par de argolas nas pontas do brinquedo. Mantendo as tiras esticadas, o primeiro jogador deve abrir os braços, separando as argolas, enquanto o outro mantém os seus braços fechados, enquanto a garrafa pet chega até ele. Repete-se o movimento.

JOGO DE DAMAS

MATERIAL: Papelão, tinta e tampas de garrafa.
COMO JOGAR: É jogado com dois parceiros, um com 12 pedras brancas e outro com 12 pedras pretas. Começa com quem está com as pedras brancas, a pedra só anda para a frente e uma casa de cada vez, podendo capturar tanto para a frente ou para trás. Quando ela atinge a última linha do tabuleiro é promovida à dama, que pode andar para frente e para trás quantas casas quiser.

JOGO DA MEMÓRIA

   

MATERIAL: papel de presente, papel dupla face e palito de picolé.
COMO JOGAR: Todas as peças ficam viradas para baixo para que possam encontrar as peças iguais, quem acertar mais peças é o vencedor.


    JOGO DA VELHA

MATERIAL: Eva de várias cores, tampinha garrafa pet, tesoura e cola quente.
COMO JOGAR: Funciona da mesma maneira do tradicional, sendo que um bichinho representará o x e o outro representará o 0.

QUEBRA-CABEÇA
MATERIAL: Caixas de fósforo, uma figura de revista, cola e plástico adesivo.
COMO JOGAR: Interagir com o brinquedo.

RESTA UM DE JOANINHA
MATERIAL: Papelão, tampinhas de garrafa, cola, tinta e fita adesiva.
COMO JOGAR: Movimentam-se as peças em qualquer direção, com a intenção de capturar as peças até restar somente uma no tabuleiro.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


AS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO


As TIC criaram novos espaços de construção do conhecimento, permitindo novas possibilidades de práticas educativas com ambientes inovadores de aprendizagem, tanto para educandos quanto para educadores.

Wikis educativas:
São sistemas de gestão de conteúdos que possibilitam um trabalho colaborativo, ou seja, é um lugar Web que permite que os usuários da mesma adicionem conteúdos, editem e formem interessantes lugares com diversos fundos. Podem criar glossários, armar trabalhos práticos, organizar temas, gerar uma enciclopédia, livros de texto e inclusive realizar anotações.
Essas atividades podem ser desenvolvidas com alunos do 5º ano, que apresentam mais habilidade com as mesmas. Os professores podem promover a criação das Wikis e incentivar os alunos a aprender por meio deste aporte tecnológico.

Sugestões de Wikis:

  • http://pt.wikipedia.org/wiki ─ É uma ferramenta com meios e finalidades de alta qualidade, que preza o respeito mútuo, propicia oportunidades poderosas para o acesso à informação, cultura e educação, com possibilidades de pesquisas e editar qualquer tipo de arquivo da sua maneira, podendo ser corrigido ou desfeito a qualquer momento.
  • http://pt.wiktionary.org/wiki ─ É um projeto para produzir um dicionário poliglota livre em português, com significados, etimologias e pronúncias. Este é escrito colaborativamente por voluntários de todas as partes do mundo.
  • http://pt.wikibooks.org/wiki ─ É um projeto dedicado ao desenvolvimento colaborativo de livros, apostilas, manuais e outros textos didáticos de conteúdo livre e todos os interessados podem ler ou melhorar um dos 6.924 módulos presentes em 492 Wikilivros, ou produzir novos materiais.

Portais Educacionais
São aqueles ambientes de apoio, de extensão das escolas, de colaboração no processo ensino-aprendizado. Eles têm a função de atender às necessidades de seus visitantes: resolvendo dúvidas, propondo ideias e atividades inovadoras.

Sugestões de Portais Educacionais:

  • http://www.educared.org.br/educa/index.cfm ─ Esse portal reúne uma série de atividades que podem ser aplicadas nas séries iniciais do Ensino Fundamental. É um portal totalmente gratuito e aberto com conteúdos exclusivos que apoiam educadores e estudantes na abordagem de temas atuais e desafiadores.
  • http://objetoseducacionais2.mec.gov.br ─ É um portal de acesso público com recursos digitais e cunho pedagógico-educacional, em vários formatos e para todos os níveis de ensino.
  • http://www.klickeducacao.com.br/ ─ Não é um portal totalmente aberto, porém tem conteúdos que contemplam todas as áreas da educação. Na sua parte restrita, oportuniza o cadastro grátis de usuários interessados no universo escolar.

Sites Educacionais:
São materiais digitais oferecidos livre e abertamente, cujo principal propósito é o ensino ou o autoaprendizado. Esses sites são utilizados na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental.

Sugestões de Sites Educacionais:

  • http://www.atividadeseducativas.com.br/ ─ Como o próprio nome diz, o site Atividades Educativas reúne diversas atividades educativas para crianças e adolescentes. Aproxima-se de uma enciclopédia interativa, abordando assuntos para diferentes idades, inclusive temas relacionados à educação especial. O site é recomendado para todas as idades. Crianças a partir dos 9 anos podem navegar de forma autônoma e explorar bem seus recursos. Crianças menores devem ter o apoio de um adulto para ajudá-las a navegar pelo ambiente.
  • http://revistaescola.abril.com.br ─ O site da revista NOVA ESCOLA é voltado para professores, mas tem também conteúdo que pode ser aproveitado por crianças e adolescentes, como as dicas de estudos e os jogos de matemática. O site pode ser aproveitado principalmente por crianças na faixa de 7 a 10 anos.
  • http://criancas.uol.com.br/ ─ O UOL Crianças é a página de conteúdo infantil do portal UOL. Ele reúne brincadeiras, curiosidades, blogs, atividades de apoio ao trabalho escolar, games, piadas e até sugestões de passeios. Ideal para a faixa que vai dos 7 aos 14 anos.
Bibliotecas Virtuais:
É o conceito de virtualização das bibliotecas tradicionais. Basicamente se refere à ideia de uma biblioteca intangível, ou seja, um serviço de informação sem infraestrutura física, que oferece materiais exclusivamente em formato digital para todas as idades.

Sugestões de Bibliotecas Virtuais:

  • http://www.dominiopublico.gov.br ─ O Portal Domínio Público se propõe a ser uma biblioteca virtual de referência para professores, estudantes e interessados em geral. O ambiente permite o compartilhamento gratuito do conhecimento e promove o acesso às obras artísticas, literárias e científicas em vídeos, fotos e textos que já estejam em domínio público.
  • http://bve.cibec.inep.gov.br/ ─ Outro modelo de biblioteca virtual é a BVE - Biblioteca Virtual de Educação, que também é uma ferramenta de pesquisa de sítios educacionais, do Brasil e do exterior. É voltada a pesquisadores, estudiosos, professores, universitários, pós-graduandos e alunos de todas as séries escolares. Os arquivos hospedados no site podem ser utilizados em todas as séries do Ensino Fundamental e Médio.
  • http://www.biblio.com.br/ ─ A Biblioteca Virtual de Literatura disponibiliza as obras em domínio público dos mais importantes autores da nossa Língua para leitura imediata.

REFERÊNCIAS
INFOEDICATIVA. Projeto: Implantação de um ambiente WIKI em uma escola. Disponível em: <http://www.infoeducativa.com.br/index.asp?page= artigo&id=15>. Acesso em: 12 fev. 2013.

PORTAL NORMALIZANDO. As Tecnologias da Informação criando espaços de Construção do Conhecimento. Disponível em: <http://portalnormalizando. blogspot.com.br/2008/09/as-tecnologias-da-informao-criando.html>. Acesso em: 12 fev. 2013.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CURRÍCULO E DIVERSIDADE


CURRÍCULO E DIVERSIDADE

Há muito tempo se diz que o Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade. Contudo, ao logo da nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania.
A escola desenvolve um papel social muito importante no combate ao preconceito, pois é considerada uma das instituições capazes de promover a educação, assim como reconhecer suas relações com os aspectos sociais e o grande poder que exerce na formação do sujeito.
Considerar que os sujeitos são diferentes entre si implica propiciar uma educação baseada em conduções de aprendizagem que respeitem as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias.
Sendo assim, torna-se necessário para a organização de um currículo que comtemple a diversidade, considerando a existência das diferenças em sociedade e, mais que isso, não apenas identificar esta diferença, mas também aprender a dialogar com a mesma, desenvolvendo atividades que abordam essas diferenças de habilidade, conhecimento, gênero, etnia, credo religioso e tipo físico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são documentos que norteiam a Educação Infantil no Ensino Fundamental, onde constam informações que possibilitam ao educador criar atividades voltadas a cada série dos anos iniciais. Foi criada pelo MEC com o objetivo de auxiliar o professor no seu trabalho, fazendo com que as crianças dominem os conhecimentos necessários para se prepararem como cidadãos capazes e conscientes do seu papel na sociedade.
Os currículos propostos pelos PCNs são importantes e úteis ao apoio pedagógico, eles têm grande influência na melhoria dos planejamentos propostos das atualizações profissionais dos educadores e para a melhoria da qualidade de ensino. Ao fazer uso desses documentos, o professor poderá organizar os conteúdos de forma a não só informar, mas de contribuir na formação de cidadãos críticos e reflexivos de uma sociedade cada vez mais exigente.

REFERÊNCIAS
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Introdução aos Parâmetros Nacionais /Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3ª ed. Brasília: 2001.

A CRIANÇA E A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA


A CRIANÇA E A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA

Desde muito cedo as crianças apresentam curiosidade acerca da escrita. Elas exploraram todo o material impresso que lhes é apresentado em busca de significados e novas descobertas, buscando através deste trabalho compreender o que está à sua volta. Neste processo, as maiores dificuldades se relacionam à compreensão da estrutura do sistema alfabético como representação da linguagem.
A escrita na Educação Infantil representa a construção, por parte do aluno, de representações de significados históricos-sociais construídos por meio de sua vivência. Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.
É importante salientar que as crianças só aprendem a escrever de forma convencional depois que esgotarem as possibilidades iniciais. Durante este processo de construção da escrita, a criança "erra" e "acerta", o "erro" deve ser visto como um dos indícios das concepções infantis da escrita, sendo de fundamental importância para que as fases de aquisição da escrita sejam conhecidas pelo professor, para que ele identifique e analise os níveis em que se encontram as produções escritas dos seus alunos.
 De início, no nível pré-silábico, a criança não faz uma diferenciação clara entre o sistema de representação do desenho (pictográfico) e o da escrita (alfabético) e estabelecem um número mínimo de letras, geralmente três, para que uma palavra possa ser "lida" (aspecto quantitativo), além de estabelecerem uma diversidade destas letras (aspecto qualitativo), nomeado por Ferreiro como "variação qualitativa interna". Como se pode observar na escrita de Reginaldo, 6 anos. Reginaldo ainda não estabelece uma diferença clara entre o sistema de representação da escrita e de desenho. As letras que aparecem são as do seu nome, menos em "borboleta", onde usa outras letras, que certamente já conhece, como nome da mãe, pai, irmã, professora ou de algum coleguinha, ou seja, são letras que estão presentes no seu ambiente escolar e em seu convívio e servem para construir esta variedade de símbolos utilizados.

REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. A pesquisadora que revolucionou a alfabetização. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/especiais/pensadores/pdfs/emilia_ferreiro.pdf>
LEMOS, Hirlanda Freitas. Estudos da Língua Oral e Escrita na Educação Infantil. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
WEISZ, Telma. Como se aprende a ler e escrever ou, prontidão, um problema mal colocado. In “Programa de Formação dos Professores Alfabetizadores Letra e Vida”. Módulo 1: Coletânea de textos, Unidade 3, Texto 5. São Paulo: CENP, 2003.



MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO


MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO

Relatar a trajetória da vida escolar é refletir sobre um novo olhar no âmbito educacional e, acima de tudo, fazer uma retrospectiva do processo formativo, desde a pré-escola até hoje. Ao refletir sobre a postura do educador do passado e do educador do presente, podemos perceber que existem semelhanças no que se refere aos conteúdos. Porém, a grande diferença acontece quanto à metodologia utilizada para passar esses conteúdos e na postura do educador em relação ao educando.
As aulas não eram planejadas com o objetivo de oportunizar o educando a construir seus próprios conhecimentos (como hoje), mas simplesmente para passar os conteúdos a serem aprendidos, pois o professor era o detentor do saber e não admitia ser questionado ou que o aluno se expressasse emitindo sua opinião sobre determinado assunto, a menos quando fosse solicitado na tão famosa "arguição", que era um instrumento utilizado para castigar os alunos que não prestavam atenção à aula ou para obrigar a decorar o assunto.
É claro que às vezes dava certo, pois ao ser obrigado a estudar, acabava aprendendo alguma coisa (pouca coisa), pois só se aprende quando se estuda com prazer e não por ser obrigado, provocando um certo "medo" de algumas disciplinas, como a tão temida "matemática", que até hoje provoca algum tipo de resistência, tanto para quem vai passar o conteúdo como para quem vai aprender.
É importante ressaltar que, apesar desses fatos que acometiam alguns professores do passado, eles foram fundamentais para os educadores do presente, pois através deles foi possível refletir sobre as suas práticas e delas construir sua própria identidade como educador. Portanto, escolher que tipo de educador pretende ser e, principalmente, qual é o seu papel na formação dos cidadãos atuais e do futuro, numa sociedade cada vez mais exigente.

REFERÊNCIA
BARBOSA, Kátia Maria de Aguiar e BOMFIM, Adriana Pereira. Tópicos Especiais em Educação I. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2011.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA


GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

O tema Gestão Democrática e Participativa encontra-se em destaque nos últimos anos, o que nos leva a refletir acerca desse conceito e dos princípios que o cercam, já que esse tema encontra suporte na própria Constituição, promulgada em 1988, que institui a “Democracia Participativa” e cria instrumentos que possibilitam ao povo exercer o poder “diretamente” (Art. 1).
Contudo, sabemos que conceber uma gestão democrática e participativa não é uma tarefa fácil, visto que participar da gestão significa inteirar-se e opinar sobre os assuntos que dizem respeito à escola, isso exige um aprendizado que é ao mesmo tempo, político e organizacional.
A gestão democrática da escola exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar e essa mudança implica deixar de lado um o velho preconceito de que a escola pública é do estado e não da comunidade.
Na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários devem assumir o seu papel juntamente com os gestores para que não se tornem menos receptores dos serviços educacionais, assumindo sua parte de responsabilidade pelos projetos da escola.  
Entretanto, a proposta de uma gestão democrática da escola com efetiva participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola acaba sendo considerada utópica. Na visão de Paro (2008, p. 9):
[...] a palavra utopia significa o lugar que não existe. Não quer dizer que não possa vir a existir. Na mediada em que não existe, mas ao mesmo tempo se coloca como algo de valor, algo desejável do ponto de vista da solução de problemas da escola, a tarefa deve consistir, inicialmente, em tomar consciência, que apontam para a viabilidade de um projeto de democratização das relações no interior da escolar.
A visão democrática permite pensar numa instituição que pode contribuir para uma transformação social e isso se dá a partir da transformação – de forma horizontal - do esquema de autoridade no interior da escola. Expressar a crença de que, na medida em que consiga, na forma e no conteúdo, levar os alunos a se apropriarem de um saber historicamente acumulado e desenvolver a consciência crítica, possibilitará à escola a cumprir sua função. Portanto, se queremos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola (idem, p. 10).
Apesar de estarmos todos voltados a uma postura democrática na escola ainda é bastante comum depararmos com o sistema hierárquico que pretensamente coloca todo o poder nas mãos do diretor. A escola só se tornará democrática quando houver a efetiva participação de seus diversos setores. Por isso, é necessário reafirmar que na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola – educadores, alunos, funcionários e pais – nas decisões sobre seus objetivos e seu funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões a dotar a escola de autonomia e recurso. E sobre essa questão, segundo Paro (2008, p. 12), o conselho de escola é um potencial a ser explorado.

REFERÊNCIAS

GADOTTI, Moacir. Gestão Democrática e Qualidade de Ensino. Disponível em: <http://siteantigo.paulofreire.org/pub/Institucional/MoacirGadottiArtigosIt0026/ Gest_democ.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012
PARO, Vítor Henrique. Gestão democrática na escola pública. Série Educação em Ação. 3ª edição, São Paulo: Ed. Ática, 2008. In: BASTOS, Maria das Graças Sciam. Estágio Supervisionado em Gestão Escolar. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
SANTO, Jaciara Gomes do Espírito. Organização e Gestão da Educação. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.

O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR


O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR

O estudo sobre a origem da palavra “currículo” já o coloca como elemento que possui relação com a vida do sujeito, ou seja, o currículo possui relação direta com a realidade, desejos e com a própria história e contexto do aluno, aspectos que tornam este conceito um elemento norteador da prática pedagógica. Desta forma é importante destacar que o currículo não pode ser compreendido apenas como elemento organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como mediador entre a escola e a sociedade, aquela que possibilita a construção da ação pedagógica através de interações entre os conhecimentos na prática social e aquelas que são transformados na prática escolar.
Falar em currículo escolar é falar também na vida do aluno e da escola em constante e dinâmica ação, ou seja, educandos e educadores, no espaço escolar, constroem e formam, através de processos de valorização e do cotidiano que vivenciam o currículo dos alunos. Todas as atividades de cunho educativo que venham a ser exploradas pela escola constituem elementos essenciais e de mesma importância na formação do currículo escolar, o qual interfere de maneira significativa na formação do caráter e da personalidade dos alunos, bem como na formação de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
Sendo assim para uma escola ser consciente e democrática, será necessário elencar propostas pedagógicas e conteúdos que considerem que os sujeitos são diferentes entre si, proporcionando uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias. Portanto uma escola voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente às transformações em curso e incorporar-se na vida particular e sócio-política, cada vez mais necessária.

REFERÊNCIAS
HAMZE, Amélia. O currículo e a aprendizagem. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-curriculo-aprendizagem.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
LOPES, Maria Inácia. Critérios para seleção de conteúdos. Disponível em: <http://WWW.ceped.ueg.br/anais/Iedipe/Gt9/18-criterios.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
PINTO, Fernanda Diogo Valente. Pesquisa e Prática Pedagógica IV. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.