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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

CURRÍCULO E DIVERSIDADE


CURRÍCULO E DIVERSIDADE

Há muito tempo se diz que o Brasil é um país rico em diversidade étnica e cultural, plural em sua identidade. Contudo, ao logo da nossa história, têm existido preconceitos, relações de discriminação e exclusão social que impedem muitos brasileiros de ter uma vivência plena de sua cidadania.
A escola desenvolve um papel social muito importante no combate ao preconceito, pois é considerada uma das instituições capazes de promover a educação, assim como reconhecer suas relações com os aspectos sociais e o grande poder que exerce na formação do sujeito.
Considerar que os sujeitos são diferentes entre si implica propiciar uma educação baseada em conduções de aprendizagem que respeitem as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias.
Sendo assim, torna-se necessário para a organização de um currículo que comtemple a diversidade, considerando a existência das diferenças em sociedade e, mais que isso, não apenas identificar esta diferença, mas também aprender a dialogar com a mesma, desenvolvendo atividades que abordam essas diferenças de habilidade, conhecimento, gênero, etnia, credo religioso e tipo físico.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são documentos que norteiam a Educação Infantil no Ensino Fundamental, onde constam informações que possibilitam ao educador criar atividades voltadas a cada série dos anos iniciais. Foi criada pelo MEC com o objetivo de auxiliar o professor no seu trabalho, fazendo com que as crianças dominem os conhecimentos necessários para se prepararem como cidadãos capazes e conscientes do seu papel na sociedade.
Os currículos propostos pelos PCNs são importantes e úteis ao apoio pedagógico, eles têm grande influência na melhoria dos planejamentos propostos das atualizações profissionais dos educadores e para a melhoria da qualidade de ensino. Ao fazer uso desses documentos, o professor poderá organizar os conteúdos de forma a não só informar, mas de contribuir na formação de cidadãos críticos e reflexivos de uma sociedade cada vez mais exigente.

REFERÊNCIAS
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Introdução aos Parâmetros Nacionais /Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3ª ed. Brasília: 2001.

A CRIANÇA E A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA


A CRIANÇA E A CONSTRUÇÃO DA ESCRITA

Desde muito cedo as crianças apresentam curiosidade acerca da escrita. Elas exploraram todo o material impresso que lhes é apresentado em busca de significados e novas descobertas, buscando através deste trabalho compreender o que está à sua volta. Neste processo, as maiores dificuldades se relacionam à compreensão da estrutura do sistema alfabético como representação da linguagem.
A escrita na Educação Infantil representa a construção, por parte do aluno, de representações de significados históricos-sociais construídos por meio de sua vivência. Segundo Emília Ferreiro, a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo.
É importante salientar que as crianças só aprendem a escrever de forma convencional depois que esgotarem as possibilidades iniciais. Durante este processo de construção da escrita, a criança "erra" e "acerta", o "erro" deve ser visto como um dos indícios das concepções infantis da escrita, sendo de fundamental importância para que as fases de aquisição da escrita sejam conhecidas pelo professor, para que ele identifique e analise os níveis em que se encontram as produções escritas dos seus alunos.
 De início, no nível pré-silábico, a criança não faz uma diferenciação clara entre o sistema de representação do desenho (pictográfico) e o da escrita (alfabético) e estabelecem um número mínimo de letras, geralmente três, para que uma palavra possa ser "lida" (aspecto quantitativo), além de estabelecerem uma diversidade destas letras (aspecto qualitativo), nomeado por Ferreiro como "variação qualitativa interna". Como se pode observar na escrita de Reginaldo, 6 anos. Reginaldo ainda não estabelece uma diferença clara entre o sistema de representação da escrita e de desenho. As letras que aparecem são as do seu nome, menos em "borboleta", onde usa outras letras, que certamente já conhece, como nome da mãe, pai, irmã, professora ou de algum coleguinha, ou seja, são letras que estão presentes no seu ambiente escolar e em seu convívio e servem para construir esta variedade de símbolos utilizados.

REFERÊNCIAS
FERREIRO, Emília. A pesquisadora que revolucionou a alfabetização. Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/especiais/pensadores/pdfs/emilia_ferreiro.pdf>
LEMOS, Hirlanda Freitas. Estudos da Língua Oral e Escrita na Educação Infantil. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
WEISZ, Telma. Como se aprende a ler e escrever ou, prontidão, um problema mal colocado. In “Programa de Formação dos Professores Alfabetizadores Letra e Vida”. Módulo 1: Coletânea de textos, Unidade 3, Texto 5. São Paulo: CENP, 2003.



MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO


MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO

Relatar a trajetória da vida escolar é refletir sobre um novo olhar no âmbito educacional e, acima de tudo, fazer uma retrospectiva do processo formativo, desde a pré-escola até hoje. Ao refletir sobre a postura do educador do passado e do educador do presente, podemos perceber que existem semelhanças no que se refere aos conteúdos. Porém, a grande diferença acontece quanto à metodologia utilizada para passar esses conteúdos e na postura do educador em relação ao educando.
As aulas não eram planejadas com o objetivo de oportunizar o educando a construir seus próprios conhecimentos (como hoje), mas simplesmente para passar os conteúdos a serem aprendidos, pois o professor era o detentor do saber e não admitia ser questionado ou que o aluno se expressasse emitindo sua opinião sobre determinado assunto, a menos quando fosse solicitado na tão famosa "arguição", que era um instrumento utilizado para castigar os alunos que não prestavam atenção à aula ou para obrigar a decorar o assunto.
É claro que às vezes dava certo, pois ao ser obrigado a estudar, acabava aprendendo alguma coisa (pouca coisa), pois só se aprende quando se estuda com prazer e não por ser obrigado, provocando um certo "medo" de algumas disciplinas, como a tão temida "matemática", que até hoje provoca algum tipo de resistência, tanto para quem vai passar o conteúdo como para quem vai aprender.
É importante ressaltar que, apesar desses fatos que acometiam alguns professores do passado, eles foram fundamentais para os educadores do presente, pois através deles foi possível refletir sobre as suas práticas e delas construir sua própria identidade como educador. Portanto, escolher que tipo de educador pretende ser e, principalmente, qual é o seu papel na formação dos cidadãos atuais e do futuro, numa sociedade cada vez mais exigente.

REFERÊNCIA
BARBOSA, Kátia Maria de Aguiar e BOMFIM, Adriana Pereira. Tópicos Especiais em Educação I. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2011.

GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA


GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

O tema Gestão Democrática e Participativa encontra-se em destaque nos últimos anos, o que nos leva a refletir acerca desse conceito e dos princípios que o cercam, já que esse tema encontra suporte na própria Constituição, promulgada em 1988, que institui a “Democracia Participativa” e cria instrumentos que possibilitam ao povo exercer o poder “diretamente” (Art. 1).
Contudo, sabemos que conceber uma gestão democrática e participativa não é uma tarefa fácil, visto que participar da gestão significa inteirar-se e opinar sobre os assuntos que dizem respeito à escola, isso exige um aprendizado que é ao mesmo tempo, político e organizacional.
A gestão democrática da escola exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar e essa mudança implica deixar de lado um o velho preconceito de que a escola pública é do estado e não da comunidade.
Na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários devem assumir o seu papel juntamente com os gestores para que não se tornem menos receptores dos serviços educacionais, assumindo sua parte de responsabilidade pelos projetos da escola.  
Entretanto, a proposta de uma gestão democrática da escola com efetiva participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola acaba sendo considerada utópica. Na visão de Paro (2008, p. 9):
[...] a palavra utopia significa o lugar que não existe. Não quer dizer que não possa vir a existir. Na mediada em que não existe, mas ao mesmo tempo se coloca como algo de valor, algo desejável do ponto de vista da solução de problemas da escola, a tarefa deve consistir, inicialmente, em tomar consciência, que apontam para a viabilidade de um projeto de democratização das relações no interior da escolar.
A visão democrática permite pensar numa instituição que pode contribuir para uma transformação social e isso se dá a partir da transformação – de forma horizontal - do esquema de autoridade no interior da escola. Expressar a crença de que, na medida em que consiga, na forma e no conteúdo, levar os alunos a se apropriarem de um saber historicamente acumulado e desenvolver a consciência crítica, possibilitará à escola a cumprir sua função. Portanto, se queremos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola (idem, p. 10).
Apesar de estarmos todos voltados a uma postura democrática na escola ainda é bastante comum depararmos com o sistema hierárquico que pretensamente coloca todo o poder nas mãos do diretor. A escola só se tornará democrática quando houver a efetiva participação de seus diversos setores. Por isso, é necessário reafirmar que na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola – educadores, alunos, funcionários e pais – nas decisões sobre seus objetivos e seu funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões a dotar a escola de autonomia e recurso. E sobre essa questão, segundo Paro (2008, p. 12), o conselho de escola é um potencial a ser explorado.

REFERÊNCIAS

GADOTTI, Moacir. Gestão Democrática e Qualidade de Ensino. Disponível em: <http://siteantigo.paulofreire.org/pub/Institucional/MoacirGadottiArtigosIt0026/ Gest_democ.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012
PARO, Vítor Henrique. Gestão democrática na escola pública. Série Educação em Ação. 3ª edição, São Paulo: Ed. Ática, 2008. In: BASTOS, Maria das Graças Sciam. Estágio Supervisionado em Gestão Escolar. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
SANTO, Jaciara Gomes do Espírito. Organização e Gestão da Educação. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.

O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR


O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR

O estudo sobre a origem da palavra “currículo” já o coloca como elemento que possui relação com a vida do sujeito, ou seja, o currículo possui relação direta com a realidade, desejos e com a própria história e contexto do aluno, aspectos que tornam este conceito um elemento norteador da prática pedagógica. Desta forma é importante destacar que o currículo não pode ser compreendido apenas como elemento organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como mediador entre a escola e a sociedade, aquela que possibilita a construção da ação pedagógica através de interações entre os conhecimentos na prática social e aquelas que são transformados na prática escolar.
Falar em currículo escolar é falar também na vida do aluno e da escola em constante e dinâmica ação, ou seja, educandos e educadores, no espaço escolar, constroem e formam, através de processos de valorização e do cotidiano que vivenciam o currículo dos alunos. Todas as atividades de cunho educativo que venham a ser exploradas pela escola constituem elementos essenciais e de mesma importância na formação do currículo escolar, o qual interfere de maneira significativa na formação do caráter e da personalidade dos alunos, bem como na formação de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
Sendo assim para uma escola ser consciente e democrática, será necessário elencar propostas pedagógicas e conteúdos que considerem que os sujeitos são diferentes entre si, proporcionando uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias. Portanto uma escola voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente às transformações em curso e incorporar-se na vida particular e sócio-política, cada vez mais necessária.

REFERÊNCIAS
HAMZE, Amélia. O currículo e a aprendizagem. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-curriculo-aprendizagem.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
LOPES, Maria Inácia. Critérios para seleção de conteúdos. Disponível em: <http://WWW.ceped.ueg.br/anais/Iedipe/Gt9/18-criterios.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
PINTO, Fernanda Diogo Valente. Pesquisa e Prática Pedagógica IV. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.

UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE


UM OLHAR SOBRE A DIVERSIDADE

O termo diversidade está ligado aos conceitos de pluralidade, multiplicidade e diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente. Sendo assim não podemos falar em ambiente escolar sem falar em diversidade, pois cada ser humano possui características próprias que devem ser respeitadas.
Embora a escola não seja o único lugar onde acontece a educação, é lá onde se encontra a maior diversidade cultural e também é o local mais discriminador. Tanto é assim que existem escolas para ricos e pobres, de boa e má qualidade respectivamente. Por isso trabalhar as diferenças é um desafio para o professor, por ele ser o mediador do conhecimento, ou melhor, um facilitador do processo ensino-aprendizagem.
Trabalhar com a diversidade não é tarefa fácil, porque para lidar as diferenças é necessário compreender como elas se manifestam e em que contexto. Portanto, pensar uma educação escolar que integre as várias questões que envolvem a diversidade significa progredir na discussão a respeito das desigualdades sociais, das diferenças raciais, culturais, físicas e/ou psicológicas dentre outras e no direito de ser diferente, ampliando assim, as propostas curriculares do país, buscando uma educação de qualidade para todos.
Com isso será extremamente importante que os profissionais em educação reconheçam na própria pratica cotidiana da escola indícios de uma educação multicultural, uma vez que a sala de aula representa um pequeno universo daquilo que é a realidade da nossa sociedade e a escola precisa dispor de um repertório de temas que relacionem história, cultura, sociedade, bem como as múltiplas inteligências existentes, para que assim possa exercer sua função social de forma legitima e integrada à realidade.
"No momento atual, as questões culturais não podem ser ignorados pelos educadores, sob o risco de que a escola cada vez se distancie mais dos universos simbólicos das crianças e jovens de hoje". [...] (CANDAU, 2000, p.41)
Vale ressaltar que construir uma escola que seja inclusiva não é fácil. É preciso considerar que os sujeitos são diferentes entre si, isso implica propiciar uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeite as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias.
"A articulação das abordagens antropológicas e psicanalíticas da diferença nos permite entender que a diferença é parte constituída dos sistemas culturais e da subjetividade, não podendo ser apagada". [...] (MACÊDO, 2006, p.121)
Portanto torna-se necessário a organização de um currículo que contemple a diversidade, considerando a existência das diferenças em sociedade e, mais que isso, não apenas identificar esta diferença, mas também aprender a dialogar com a mesma.

REFERÊNCIAS
CANDAU apud LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009, p. 51.
COSTA, Cirlandia Rouseline Almeida. A Escola e a Diversidade. Filed Under Estudantes. Posted on julho 2, 2008.
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
MACÊDO apud LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS: Introdução aos Parâmetros Nacionais /Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3ª ed. Brasília: 2001.


O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR


O PROCESSO DE SELEÇÃO DO CONTEÚDO CURRICULAR

O estudo sobre a origem da palavra “currículo” já o coloca como elemento que possui relação com a vida do sujeito, ou seja, o currículo possui relação direta com a realidade, desejos e com a própria história e contexto do aluno, aspectos que tornam este conceito um elemento norteador da prática pedagógica. Desta forma é importante destacar que o currículo não pode ser compreendido apenas como elemento organizador das práticas escolares, mas num sentido mais amplo, como mediador entre a escola e a sociedade, aquela que possibilita a construção da ação pedagógica através de interações entre os conhecimentos na prática social e aquelas que são transformados na prática escolar.
Falar em currículo escolar é falar também na vida do aluno e da escola em constante e dinâmica ação, ou seja, educandos e educadores, no espaço escolar, constroem e formam, através de processos de valorização e do cotidiano que vivenciam o currículo dos alunos. Todas as atividades de cunho educativo que venham a ser exploradas pela escola constituem elementos essenciais e de mesma importância na formação do currículo escolar, o qual interfere de maneira significativa na formação do caráter e da personalidade dos alunos, bem como na formação de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.
Sendo assim para uma escola ser consciente e democrática, será necessário elencar propostas pedagógicas e conteúdos que considerem que os sujeitos são diferentes entre si, proporcionando uma educação baseada em condições de aprendizagem que respeitem as diferentes necessidades e ritmos individuais, visando ampliar e enriquecer suas capacidades, considerando-os como pessoas singulares e com características próprias. Portanto uma escola voltada para a construção de uma cidadania consciente e ativa, oferecendo aos alunos as bases culturais que lhes permitam identificar e posicionar-se frente às transformações em curso e incorporar-se na vida particular e sócio-política, cada vez mais necessária.

REFERÊNCIAS
HAMZE, Amélia. O currículo e a aprendizagem. Disponível em: <http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/o-curriculo-aprendizagem.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
LEMOS, Hozana Carla Freitas de. Pesquisa e Prática Pedagógica III. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
LOPES, Maria Inácia. Critérios para seleção de conteúdos. Disponível em: <http://WWW.ceped.ueg.br/anais/Iedipe/Gt9/18-criterios.htm>. Acesso em: 06 ago. 2012
PINTO, Fernanda Diogo Valente. Pesquisa e Prática Pedagógica IV. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.

A LITERATURA INFANTIL E A MATEMÁTICA


A LITERATURA INFANTIL E A MATEMÁTICA

Sabemos que a literatura é uma das possibilidades que o professor pode utilizar para complementar a sua prática pedagógica, ampliando a abordagem sobre os assuntos a serem trabalhados, visando atingir o máximo dos alunos ao proporcionar que eles se aventurem pelo labirinto de letras e sinais que as divertidas histórias infantis trazem.
É importante que o professor tenha em mente que os livros de literatura devem ter o objetivo de promover a aprendizagem matemática de maneira significativa e divertida. Não existem normas rígidas para a escolha, é ideal que o professor perceba e descubra livros que despertem o interesse dos alunos e também atenda aos objetivos pensados pelo professor.
Existem variados livros com conceitos como contagem, formas, figuras geométricas, simetrias, classificações e outros que o professor pode trabalhar em sala de aula. Para Gailley (apud SMOOLE et al, 2004, p. 12-14), os livros infantis podem ser agrupados em quatro categorias: Livros de contagem ou livros de números; livros de histórias variadas; livros conceituais e livros de charadas.
O livro escolhido para o desenvolvimento desta atividade foi "A Menina do Leite", uma fábula de Monteiro Lobato, que classifica-se como livro de histórias variadas, possibilitando a exploração de conceitos matemáticos, tais como adição, subtração, multiplicação e divisão numa divertida história transmitida pela fantástica imaginação de Laurinha, personagem principal. Através desta história, o professor poderá trabalhar as quatro operações de forma mais interessante por meio das diversas situações apresentadas no texto.


SITUAÇÃO DIDÁTICA: TRABALHANDO A HISTÓRIA DA
 MENINA DO LEITE

Ano:

Conteúdo: Operações

Objetivos:
·           Identificar as ideias matemáticas que aparecem no texto;
·           Desenvolver o raciocínio matemático dos alunos;
·           Resolver problemas que considerem características das operações e da relação entre ambas.

Tempo estimado: 5 aulas

METODOLOGIA

1º Momento
·           Apresentar o livro para a turma, mostrando que se trata de uma fábula de Monteiro lobato e perguntando se eles conhecem;
·           Contar parte da história e deixar que eles digam o que acham que vai acontecer, permitindo que façam inferências e criem expectativa sobre o que vai ser lido;
·           Depois da leitura, perguntar o que eles acharam da história, se gostaram do final e  quais foram os trechos da história que não entenderam.

2º Momento
Pedir que eles apontem as ideias matemáticas que aparecerem no texto e registrem em seus cadernos para discutir com seus colegas.

3º Momento
Propor que façam um cartaz anunciando os produtos que Laurinha pretendia vender, estilando preços.

4º Momento
Pedir para que escrevam as expressões matemáticas que traduza os trechos citados. Ex.: duzentos ovos por ano, quatro vezes cinco, etc.

5º Momento
Problematizações:
·                O que significa Laurinha dizer que antes de um mês já tem uma dúzia de pintos, sendo que ela vai comprar 12 ovos?
·                Qual operação matemática deve ser realizada para resolver a situação descrita no trecho: "[...] Cinco frangas e cinco frangos. Vendo os frangos e crio as frangas que crescem e viram ótimas botadeiras de 200 ovos por ano cada uma. Cinco mil ovos!"
·                Como você pode explicar este trecho: "Vendo os galos. A quatro reais cada um - quatro vezes cinco, dois - Dois mil reais!"

AVALIAÇÃO

Sabemos que o aprender envolve o desenvolvimento, o interesse e a curiosidade do educando e isso exige do professor uma postura de observação, análise e reflexão das atitudes das crianças nas situações em sala de aula. Dessa forma a avaliação será processual, observando em cada momento que estratégias foram utilizadas para o desenvolvimento das atividades, onde cada um teve mais dificuldade e facilidade para resolver, sinalizando os pontos positivos e negativos dos objetos traçados.

REFERÊNCIAS
BARBOSA, Kátia Maria de Aguiar. Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
SOUZA, Ana Paula Gestoso de. Rompendo armadilhas: matemática e texto literário. Disponível em: <http:// http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais16/sem15dpf/sm15ss06_01.pdf>. Acesso em: 04 jan 2012.
TOPÁZIO, Joseane de Almeida e COSTA, Shirley Conceição. Fundamentos e Didática da Matemática II. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.


A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR GEOGRAFIA NO MUNDO ATUAL


A IMPORTÂNCIA DE ESTUDAR GEOGRAFIA NO MUNDO ATUAL

"É preciso conhecer o espaço para nele se organizar, para nele sobreviver." (Yves Lacoste)

A contribuição da geografia na análise espacial do cotidiano tem demonstrado o processo de evolução que a ciência ganhou ao longo da história. Durante muito tempo, os estudos geográficos se manifestavam de tal forma a compreender apenas as manifestações espaciais ocorridas por conta da atuação do homem através do trabalho. Com a inserção do capitalismo, nos modos de produção, ocorre uma transformação na vida dos indivíduos que, por conseguinte, irá transformar de forma radical a forma de enxergar a vida da sociedade, além da relação de trabalho.
Estudar geografia na atualidade requer uma série de analogias que não se dá meramente na escala local. O processo de evolução do capitalismo mostrou que nas grandes navegações passou a existir uma interferência externa para a construção do espaço geográfico brasileiro, por exemplo. A escolha da área para a produção de cana de açúcar constitui em uma empreitada de elementos internacionais, atuando dentro de uma perspectiva local.
A vida do cotidiano é amplamente influenciada pelas imposições do mundo sobre os lugares. Isto implica dizer que o dia a dia está fortemente entrelaçado de fenómenos globais que se fazem presentes devido à força centralizadora e organizadora do capitalismo que está cada vez mais mundializado. A dinâmica imposta pelo capitalismo trouxe à tona a forte influência que o local recebe do global e vice-versa. Um exemplo disso é a compra de um veículo em Salvador, mas que possui peças de vários países como Japão, México e Estados Unidos.
Dentro da sala de aula evidenciamos também a presença do global no local. Nas aulas nos referimos, em todos os momentos, a fatos ou fenômenos internacionais que ajudam a explicar acontecimentos locais, como por exemplo o aquecimento global, que interfere diretamente no clima em diversas áreas do planeta. Dentro dessa ótica se faz necessário ter clareza de que o local é influenciado pelo global, assim como este também é influenciado pelas particularidades dos lugares, um dos fundamentos da Geografia Crítica.
Será relevante conhecer e compreender as características do meio em que se vive, e consequentemente o cotidiano, ampliando o entendimento da complexidade do mundo atual. O espaço traz em si as condições naturais de sua formação, que se manifestem de maneiras variadas nos diversos lugares, de acordo com a possibilidade de uso que decorrem da ação humana com suas características sociais, culturais e econômicas e, consequentemente, com as suas formas de organização. É a partir do cotidiano que os alunos perceberam os diversos lugares que compõem a geografia, ampliando a dimensão limitada que às vezes se tem dela.

REFERÊNCIA
OLIVEIRA, Wilton Silva. Fundamentos e Didática da Geografia I. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.




O PAPEL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS


O PAPEL DO PROFESSOR DE GEOGRAFIA NAS SÉRIES INICIAIS

Diante da violência que assola as diversas esferas da sociedade, é urgente pensarmos no papel do professor de geografia como participante ativo na mudança desta realidade. Nesse contexto o papel do professor vai além do conhecimento acerca da disciplina, pois sabemos que os conteúdos estão todos na internet à disposição de todos. Hoje a função do professor é ensinar o aluno a pensar e a descobrir onde ele pode encontrar as respostas às perguntas que tem. Esse desafio se intensifica diante das rápidas e profundas transformações nos mais variados setores da vida contemporânea.
A busca pela melhoria da qualidade do ensino deve ser uma constante na vida dos educadores, e partindo desta concepção, entende-se que repensar a ação docente é um desafio cotidiano, principalmente quando se almeja formar um aluno cidadão, consciente, crítico, ético, criativo e atuante na sociedade em que vive. O ensino de geografia tem como desafio levar os educandos a desenvolver a capacidade de leitura da organização espacial do mundo de modo que estabeleçam uma relação entre estes processos com seu cotidiano, a fim de perceber-se sujeito influente nas transformações do mundo.
A postura do professor será muito importante para que o aluno se reconheça como cidadão capaz de exercer esse papel. Ao trazer para as salas de aula temas atuais, como a violência, as drogas, o racismo, entre outros, o professor terá a oportunidade de proporcionar aos alunos momentos de reflexão sobre a sociedade em que vive e a partir daí perceber-se como parte do todo. Porém será necessário que essa abordagem aconteça de forma consciente pelo professor, que deve estar preparado para expor os conceitos, suas causas e consequências, buscando desenvolver no aluno o discernimento sobre determinado assunto.
O tema globalização, conceito estruturador da geografia segundo consta nos PCNs, deveria ser explorado no sentido de fazer com que os alunos percebam que esta também gera violência, quando fundamentada na competitividade e desrespeito à pluralidade cultural. Todos nos beneficiamos com a globalização que não é uma opção para a sociedade, mas um fato imposto pela própria evolução do mundo. Porém, é preciso perceber e compreender as influências desta em nossa vida pessoal, familiar e social.
Em relação à utilização das TICs (Tecnologia da Informação e Comunicação), o professor deve evidenciar como o uso dessas ferramentas são importantes para a obtenção do conhecimento, porém deve também ressaltar sobre os cuidados que devemos ter ao adquirir tanta informação e em tão pouco tempo. É necessário desenvolver o senso crítico do educando quanto à banalização da violência que a mídia tenta passar a todo instante, visando apenas lucrar com a miséria e o sofrimento vivenciado na atual sociedade, onde o capitalismo é o principal representante do povo.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. História e Geografia - ensino de primeira à quarta série. Brasília. MEC/SEF, 1997.
OLIVEIRA, Wilton Silva. Fundamentos e Didática da Geografia I. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
COSTA, Lucimeire da silva. A formação do professor de geografia. Disponível em: http://www.ichs.ufop.br/anais/EDU/edu1415.htm. Acesso em: 22 maios 2012.

PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: O PAPEL DA ESCOLA

                   PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: O PAPEL DA ESCOLA

Nunca se falou tanto em preservação ambiental como nos dias de hoje. A preocupação com o meio ambiente tomou conta dos meios de comunicação, das escolas e até mesmo das indústrias. Mas, apesar de todo embate, a natureza ainda está sofrendo grandes desgastes por causa da ação do homem, e os efeitos desse desgaste já podem ser sentidos nos nosso dia a dia, são inundações secas, catástrofes naturais, falta de alimentos, enfim, essas são apenas algumas das consequências que começaram a ser sentidas, e a previsão é que este cenário piore com o aumento desordenado da população.
Dentre os problemas causados por esse aumento os mais comuns são: a poluição da água seja através de fábricas ou através do simples gesto de lançar resíduos na água. O lançamento de esgoto de doméstico também é um problema ambiental para ser enfrentado, em muitas, o esgoto não é tratado e é lançado diretamente aos rios, lagos ou açudes. Outro fator é a poluição do ar que cada vez mais prejudica a saúde dos seres humanos, sendo a principal causa de doenças respiratórias como, a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma que levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos, principalmente nas grandes metrópoles.
E finalmente, o lixo que desde o surgimento dos primeiros centros urbanos, se apresenta como um problema de difícil solução e em sua maioria ainda é lançado a céu aberto. No Brasil, cerca de 85% da população vive nas cidades. Cada brasileiro produz 1 Kg de lixo doméstico por dia, ou seja, se a pessoa viver 70 anos terá produzido em torno de 25 toneladas. Se multiplicarmos pela população brasileira, pode-se imaginar a dimensão do problema (COZETTI, 2001). Com isso, o lixo se tornou uma das principais fontes de degradação do meio ambiente.

Para que os danos ambientais não atinjam maiores proporções, ou seja, irreversíveis, serão indispensáveis neste século que todos os povos se unam. A educação ambiental será absolutamente necessária para conscientizar e, com isso, obter a participação mais ativa da mesma. A adoção de uma política ambiental mais eficiente com leis mais rigorosas, monitoramento ambiental adequado e permanente, fiscalização, maiores investimentos em pesquisas de soluções ecologicamente sustentáveis para os problemas ambientais, será a única alternativa viável para conter os danos ao meio ambiente.
Em se tratando de cidadania ambiental, a escola desempenha um papel fundamental. Especialmente se esta educação para o meio ambiente começa cedo e faz a criança refletir sobre as coisas, sobre o seu meio, ter a noção de que a sua atitude faz a diferença, não só para ela. Isto vale também para o adolescente e para o jovem. É importante lançar a sementinha ainda na criança, estimulá-la a pensar sobre os problemas e a ponderar sobre as formas de solucionar. Quando a criança ouve falar em educação ambiental, certamente levará para sua própria casa, para o seu pai e sua mãe, que muitas vezes não se dão conta e nunca pararam para refletir sobre a questão.
Dessa forma, a escola pode estabelecer tais vínculos através de ações e propostas pedagógicas numa perspectiva interdisciplinar, ou seja, contra a fragmentação do conhecimento e criando possibilidades para o desenvolvimento da Educação Ambiental como um todo, e também, contornando dificuldades que se encontram na aplicação das propostas estabelecidas em projetos pedagógicos nos diferentes contextos escolares como orientador de uma prática que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais reflita que “mais do que informações e conceitos, a escola se proponha a trabalhar com atitudes, com formação de valores, com o ensino e a aprendizagem de habilidades e procedimentos”.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Meio Ambiente e Saúde (ensino de 1ª a 4ª série). Brasília. MEC/SEF, 1997.
LYRA, Goia de Mattos e MARQUES, Roberta Smania. Fundamentos e Didática das Ciências Naturais II. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.

A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A Educação Infantil tem enfrentado, ao longo dos últimos anos, desafios pelo reconhecimento da função pedagógica e dúvidas em relação à elaboração de um currículo que tenha objetivos claros em relação à formação infantil e que dê conta das mais diversas competências. Ela é considerada um espaço privilegiado para o ensino das bases da Matemática, que nesta etapa deve visar à construção de um saber que capacite nossas crianças a pensar e a refletir sobre a realidade, assim como a agir e a transformá-la.
Considerando que a criança desde o seu nascimento está inserida num ambiente em que o número faz parte do cotidiano, podemos dizer que a criança constrói seus conhecimentos matemáticos (contagem, relações quantitativas e espaciais, etc.) a partir das experiências proporcionadas pelas interações com o meio, pelo intercâmbio com outras pessoas que possuem interesses, conhecimentos e necessidades que podem ser compartilhados.
Portanto, as crianças têm e podem ter várias experiências com o universo matemático e outros que lhes permitem fazer descobertas, tecer relações, organizar o pensamento, o raciocínio lógico, situar-se e localizar-se espacialmente. Por isso é indispensável que a Matemática resgate a bagagem de conhecimentos que o aluno já possui mesmo antes de ingressar na escola. Esses conhecimentos informais trazidos de suas vivências deverão ser estimulados durante a Educação Infantil.
A função da escola é incorporar a formalização a esses conhecimentos prévios, procurando dar outros significados, ampliando assim, dialeticamente, o universo do aluno, sendo o professor o principal mediador desse processo, visto que, ser orientador do processo de crescimento e condutor de seres iniciantes, mas com enorme potencial de aprendizagem, é uma difícil missão e de grande responsabilidade, exigindo uma constante formação.
Trabalhar com Matemática, de acordo com as novas propostas curriculares, fazendo com que o aluno seja sujeito da construção de seu próprio conhecimento, requer que o professor domine não só o conteúdo a ser ensinado como também a forma e as estratégias utilizadas pelos alunos para aprender, pois as experiências dos primeiros anos da Educação Infantil exercem forte influência em todos os anos seguintes, porque

"o modo como as necessidades foram atendidas na infância tem influência direta no tipo de adulto que a pessoa se torna, pois é a partir daí que obtém informações de si mesma, dos outros e da sua aceitação no mundo." (CASTRO, 1998, p.18)

De acordo com o RCNEI, o trabalho com noções matemáticas na Educação Infantil atende, por um lado, as necessidades das próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento; por outro lado, corresponde a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades.

REFERÊNCIAS
BRASIL. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: conhecimento do mundo. Matemática - V.3. Brasília: MEC,1998.
CASTRO apud COSTA, Shirley e TOPÁZIO, Joseane. Estudos da Matemática na Educação Infantil. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.
COSTA, Shirley e TOPÁZIO, Joseane. Estudos da Matemática na Educação Infantil. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.



PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - EDUCAÇÃO INCLUSIVA - NECESSIDADE ESPECIAL: SURDEZ


PLANO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Necessidade Educacional Especial: Surdez

Objetivos:

·         Identificar o grau de surdez que o aluno apresenta para saber como ele se comunica;
·         Estabelecer uma relação de confiança com o aluno, bem como com sua família;
·        Promover situações que preparem a comunidade escolar para receber os alunos incluídos, esclarecendo que são pessoas capazes, com direito de frequentar a escola regular;
·        Incentivar a aproximação dos alunos, para que a integração seja recíproca;
·        Familiarizar os alunos com a língua de sinais, promovendo palestras na escola.

Ações Interventivas:

·         Manter um diálogo com as famílias dos alunos para saber o grau de surdez, como ele se comunica, quais os gestos e sinais que ele desenvolveu em casa ou se ele já sabe a língua de sinais, enfim, compreendê-lo para se fazer compreender por ele;
·         Durante as aulas, sentar o aluno em local que possa ver o professor, em especial seu rosto iluminado e de frente, pois isto facilita a leitura orofacial, bem como a "leitura das outras pistas visuais"(língua de sinais, gestos, expressões faciais e corporais);
·         Realizar atividades em grupos que facilitam a interação com os colegas, como jogos materiais manipuláveis, entre outros;
·         Se possível, trazer um professor de LIBRAS para que a turma conheça e aprenda a língua de sinais e assim promover também a inclusão dos alunos que não apresentam surdez, possibilitando maior interação.

Estratégias Metodológicas:

·         Atividade no espelho, desenhando a si mesmo, explorando fatos, diálogo em LIBRAS (se possível) e por escrito sobre sua identidade;
·         Passeios e visitas em lugares variados para colher informações que deverão ser registradas;
·         Dramatizar cenas familiares, imitar animais, profissões, temas cotidianos e temas da literatura infantil;
·         Cantar em língua de sinais, explorando o significado da letra da música, envolvendo a expressão facial e corporal dos alunos;
·         Dançar explorando o ritmo e o significado das canções representadas;
·         Criar histórias em quadrinhos na sala;
·         Confeccionar painéis evidenciando a língua de sinais;
·         Criar maquetes, jogos, redações, pesquisas, entrevistas e trabalhos manuais;
·         Identificar como o aluno se comunica e se ele já domina a língua de sinais;
·        Promover situações que preparem a comunidade escolar para receber os alunos incluídos, esclarecendo que são pessoas capazes, com direito de frequentar a escola regular;
·        Incentivar a aproximação dos alunos, para que a integração seja recíproca;

Recursos Didáticos:
·         Espelho;
·         Canetas coloridas;
·         Tinta guache/pincel
·         Cartolina/papel ofício/papel metro;
·         Livros variados;
·         Som;
·         CDs;
·         Caderno;
·         Recursos humanos (professor/aluno)

Duração:
·         1 ano

REFERÊNCIAS

BRASIL. Referencial Curricular Nacional Para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998: Volume 1: Introdução
OLIVEIRA, Maria Lúcia Dantas de. Educação Inclusiva. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
REVISTA NOVA ESCOLA. “Inclusão”, nº. 244, Abril: ago.2011.