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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA


GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA

O tema Gestão Democrática e Participativa encontra-se em destaque nos últimos anos, o que nos leva a refletir acerca desse conceito e dos princípios que o cercam, já que esse tema encontra suporte na própria Constituição, promulgada em 1988, que institui a “Democracia Participativa” e cria instrumentos que possibilitam ao povo exercer o poder “diretamente” (Art. 1).
Contudo, sabemos que conceber uma gestão democrática e participativa não é uma tarefa fácil, visto que participar da gestão significa inteirar-se e opinar sobre os assuntos que dizem respeito à escola, isso exige um aprendizado que é ao mesmo tempo, político e organizacional.
A gestão democrática da escola exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da comunidade escolar e essa mudança implica deixar de lado um o velho preconceito de que a escola pública é do estado e não da comunidade.
Na gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários devem assumir o seu papel juntamente com os gestores para que não se tornem menos receptores dos serviços educacionais, assumindo sua parte de responsabilidade pelos projetos da escola.  
Entretanto, a proposta de uma gestão democrática da escola com efetiva participação de pais, educadores, alunos e funcionários da escola acaba sendo considerada utópica. Na visão de Paro (2008, p. 9):
[...] a palavra utopia significa o lugar que não existe. Não quer dizer que não possa vir a existir. Na mediada em que não existe, mas ao mesmo tempo se coloca como algo de valor, algo desejável do ponto de vista da solução de problemas da escola, a tarefa deve consistir, inicialmente, em tomar consciência, que apontam para a viabilidade de um projeto de democratização das relações no interior da escolar.
A visão democrática permite pensar numa instituição que pode contribuir para uma transformação social e isso se dá a partir da transformação – de forma horizontal - do esquema de autoridade no interior da escola. Expressar a crença de que, na medida em que consiga, na forma e no conteúdo, levar os alunos a se apropriarem de um saber historicamente acumulado e desenvolver a consciência crítica, possibilitará à escola a cumprir sua função. Portanto, se queremos uma escola transformadora, precisamos transformar a escola (idem, p. 10).
Apesar de estarmos todos voltados a uma postura democrática na escola ainda é bastante comum depararmos com o sistema hierárquico que pretensamente coloca todo o poder nas mãos do diretor. A escola só se tornará democrática quando houver a efetiva participação de seus diversos setores. Por isso, é necessário reafirmar que na medida em que se conseguir a participação de todos os setores da escola – educadores, alunos, funcionários e pais – nas decisões sobre seus objetivos e seu funcionamento, haverá melhores condições para pressionar os escalões a dotar a escola de autonomia e recurso. E sobre essa questão, segundo Paro (2008, p. 12), o conselho de escola é um potencial a ser explorado.

REFERÊNCIAS

GADOTTI, Moacir. Gestão Democrática e Qualidade de Ensino. Disponível em: <http://siteantigo.paulofreire.org/pub/Institucional/MoacirGadottiArtigosIt0026/ Gest_democ.pdf>. Acesso em: 20 out. 2012
PARO, Vítor Henrique. Gestão democrática na escola pública. Série Educação em Ação. 3ª edição, São Paulo: Ed. Ática, 2008. In: BASTOS, Maria das Graças Sciam. Estágio Supervisionado em Gestão Escolar. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2009.
SANTO, Jaciara Gomes do Espírito. Organização e Gestão da Educação. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2010.

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