MEMÓRIAS DE FORMAÇÃO
Relatar a trajetória da vida
escolar é refletir sobre um novo olhar no âmbito educacional e, acima de tudo,
fazer uma retrospectiva do processo formativo, desde a pré-escola até hoje. Ao
refletir sobre a postura do educador do passado e do educador do presente,
podemos perceber que existem semelhanças no que se refere aos conteúdos. Porém,
a grande diferença acontece quanto à metodologia utilizada para passar esses
conteúdos e na postura do educador em relação ao educando.
As aulas não eram planejadas com o
objetivo de oportunizar o educando a construir seus próprios conhecimentos
(como hoje), mas simplesmente para passar os conteúdos a serem aprendidos, pois
o professor era o detentor do saber e não admitia ser questionado ou que o
aluno se expressasse emitindo sua opinião sobre determinado assunto, a menos
quando fosse solicitado na tão famosa "arguição", que era um
instrumento utilizado para castigar os alunos que não prestavam atenção à aula
ou para obrigar a decorar o assunto.
É claro que às vezes dava certo,
pois ao ser obrigado a estudar, acabava aprendendo alguma coisa (pouca coisa),
pois só se aprende quando se estuda com prazer e não por ser obrigado,
provocando um certo "medo" de algumas disciplinas, como a tão temida
"matemática", que até hoje provoca algum tipo de resistência, tanto
para quem vai passar o conteúdo como para quem vai aprender.
É importante ressaltar que, apesar
desses fatos que acometiam alguns professores do passado, eles foram
fundamentais para os educadores do presente, pois através deles foi possível
refletir sobre as suas práticas e delas construir sua própria identidade como
educador. Portanto, escolher que tipo de educador pretende ser e,
principalmente, qual é o seu papel na formação dos cidadãos atuais e do futuro,
numa sociedade cada vez mais exigente.
REFERÊNCIA
BARBOSA, Kátia Maria de Aguiar e
BOMFIM, Adriana Pereira. Tópicos
Especiais em Educação I. Coleção Formando Educadores. Nupre, 2011.
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